segunda-feira, 9 de maio de 2011

NOTÍCIAS DO DO PRÊMIO DE MELHOR CRÍTICO DE ARTE EM 2010 FOI CÉSAR ROMERO.

segunda-feira, 9 de maio de 2011
César Romero recebe prêmio de Melhor Crítico de Arte de 2010
O reconhecimento é concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, a mais antiga e prestigiada entidade que reúne profissionais de artes visuais
Considerado um dos mais importantes e respeitados críticos de arte do país, o também artista plástico baiano e médico psicoterapeuta, César Romero (Fotos: Usival Rodrigues), recebe o Prêmio Gonzaga Duque (crítico associado por atuação no ano de 2010) pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) como melhor profissional desta área em 2010. A cerimônia de premiação acontece no dia 26 de maio, no auditório do Sesc, na Vila Mariana, em São Paulo, onde estarão reunidos artistas, intelectuais, críticos e historiadores ligados às artes visuais. Esta é a segunda vez que Cesar Romero é contemplado com esta premiação.
A premiação da ABCA, concedida anualmente em 10 categorias, é uma das mais importantes do Brasil e tem o objetivo de reconhecer a atuação das personalidades ou instituições que se destacam na área. "É o prêmio mais importante no Brasil para um crítico de arte, especialmente porque é dado por especialistas da mesma área", afirma César Romero. Criada em 1949, no Rio de Janeiro, a ABCA tem 62 anos de atuação e é ligada à Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica).
Divulgação da arte
Em 2010, César Romero desenvolveu um intenso trabalho ligado à divulgação da arte e de artistas brasileiros e estrangeiros, livros de arte e reflexões sobre temas de interesse da classe. Publicou na grande imprensa cinquenta matérias, escreveu no "Jornal ABCA" e "Caderno Saber", da "Gazeta de Alagoas", entre outros. Elaborou textos para catálogos de artistas baianos, cariocas e paulistas. Participou de eventos artísticos e culturais como palestrante. Fez curadorias, comentários críticos para DVDs, entrevistas opinativas e intervenções em mídia eletrônica sobre exposições de arte.
Sobre seu trabalho como crítico de arte, Romero descreve: "Quando escrevo tenho a preocupação de não cansar o possível leitor, procuro informar, não sou tendencioso, sou justo e contextualizo o assunto. Historicidade é importante. Meus textos têm frases curtas e excesso de vírgulas, também algo poético. Tenho certa desconfiança que sei escrever."
"O crítico é o elo entre o artista e o público", define César. "É um constante promover de análise sistêmica, exame detalhado do conjunto de tudo aquilo que existe no espaço e no tempo da visualidade. Ao crítico cabem análises bem fundamentadas e critérios de juízos de valor, que surgem com o acúmulo de informações e acompanham suas experiências do olhar, estudos, leituras, viagens de conhecimento de arte".
Trajetória
César Romero nasceu em Feira de Santana, Bahia, no ano de 1950. Formado em Medicina em 1974, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), optou pela Psiquiatria, especializando-se em psicoterapia individual e grupal, com intensa atividade clínica.
Foi admitido, em 1980, como crítico de arte pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), com sede em São Paulo, por avaliação de trabalhos teóricos e práticos e através da indicação dos críticos e escritores Walmir Ayala e José Roberto Teixeira Leite. A partir desta data passa a ser oficialmente crítico de arte da Associação Brasileira de Críticos de Arte, da Brasilian Association of Art Critics e da Association Internationale des Critiques d'Art, ong reconhecida pela Unesco, com sede em Paris. Publicou mais de 1.000 artigos sobre este assunto. Prefaciou aproximadamente trezentos catálogos de exposições para artistas brasileiros.
Iniciou-se na grande imprensa em 1975, mantendo-se na mídia até os dias atuais. São 35 anos ininterruptos escrevendo e divulgando a arte brasileira. Ainda foi colunista de artes plásticas da revista "Slogan" e outras já extintas. É colaborador do jornal da ABCA, em São Paulo.
Foi membro de júri em vários concursos e salões oficiais de artes plásticas no Brasil. Proferiu dezenas de palestras, participou de diversos congressos e debates sobre artes plásticas e o papel da crítica de arte, ressaltando-se duas Bienais de São Paulo e o V Congresso Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores de Arte (ABPA), São Paulo. Realizou trabalhos teóricos para jornais e revistas brasileiras.
Em 2002, ganhou o Prêmio Mário Pedrosa (artista linguagem contemporânea 2001). Em 2005, foi premiado com o Gonzaga Duque (pela atuação durante o ano de 2004) e em 2008, com o Prêmio Mario Pedrosa (Artista de linguagem contemporânea 2007). Fez curadoria em vários estados brasileiros, paises lusófonos e Espanha.
O artista também publicou três livros: em 2006, o livro "Bahia: Negras Raízes", sobre quatro interpretações escultóricas dos artistas Rubem Valentim, Agnaldo dos Santos, Mestre Didi e Juarez Paraíso. Também "Carl Brusell: Um Artista da Forma e da Cor", ambos editados pela Expoart.
Colaborou em livros de arte, analisando aspectos do trabalho de artistas como "A Obra de Juarez Paraíso", 2006; "+ 100 Artistas Plásticos da Bahia", 2001; e ainda "Gordas de Eliana Kertész", 2004.
César Romero é ainda acadêmico de Mérito da Academia Portuguesa de Ex-Líbris - Lisboa , Portugal (2008), membro do Instituto Preste João - Lisboa, Portugal (2002) e acadêmico Estrangeiro da Academia de Letras e Artes de Portugal - Monte Estoril, Lisboa, Portugal.
(Com informações do jornalista Rafael Santana, da Lume Comunicação)

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