Greves de médicos e funcionários nos dois maiores hospitais públicos de Natal (RN) deixam superlotados os corredores das unidades de saúde, que sofrem também com sujeita e falta de abastecimento. Os profissionais pedem melhores salários e condições de trabalho, e o atendimento está restrito às emergências. "Eu sei que está em greve, mas tem que dar uma assistência para os pacientes. Os pacientes não podem ficar jogados igual a bicho", afirma Francisca Brito Soares, que esperava atendimento ao avô. As informações são do Jornal Nacional.
No hospital Walfredo Gurgel, o lixo se acumula há cerca de duas semanas devido a dívidas com a empresa responsável pela coleta. Em outro hospital, há equipamentos encostados nas paredes, mofo atraído pela umidade, ferrugem e moscas. "Sujo, sem higiene, sem sabão para limpar. É uma tristeza esse hospital", lamenta uma paciente. "Além da super lotação, da falta de condições de espaço físico, o hospital está totalmente desabastecido", diz o médico Luiz Quaresma. No setor de reanimação deveriam ficar apenas pacientes que tiveram paradas cardíacas, mas lá funciona uma UTI improvisada. "Acaba que a gente fica com pacientes graves, que não têm leitos de UTI onde possam ser internados. Realmente, aqui não é o local adequado para esses pacientes", afirma médica Artenise Revorêdo. "Só um doutor para atender todo mundo. O secretário da Saúde que tome providência, porque desse jeito Natal vai ficar em calamidade pública", reclamou um morador. Procurado, o secretário de Saúde, Domício Arruda, disse que não daria entrevista porque hoje é feriado.
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