Na última sexta-feira (25), o Governo do Estado pediu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), em caráter de liminar, a ilegalidade da greve dos professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). No entanto, no mesmo dia, a juíza Sulamita Bezerra Pacheco disse entender que, antes de apreciar o pedido, é necessário realizar audiência de conciliação entre representantes das partes.
A audiência foi marcada, para amanhã, às 10h, na sede do TJRN, em Natal. Também, na última sexta-feira, o Governo tomou outra medida: suspender o pagamento dos professores da instituição. O anunciou foi feito, pela chefe do executivo estadual, Rosalba Ciarlini, durante solenidade de assinatura da ordem de serviço da Adutora do Alto Oeste, em Pau dos Ferros.
"Não acredito que o governo vai cortar os salários dos professores, pois sempre ressalta que procura estar amparado na lei. O executivo estadual não pode suspender os pagamentos uma vez que não foi decretada a ilegalidade da paralisação. Se a governadora manter essa decisão, nossa assessoria jurídica tomará as medidas necessárias", diz João Freire, diretor da Associação dos Docentes da Uern (Aduern).
De acordo com a Aduern, se o desconto for efetuado, a assessoria jurídica entrará com liminar, para restabelecer os pagamentos, e responsabilizará o Governo do Estado criminalmente.
A associação programou, para às 16h de hoje, uma assembleia extraordinária. Na ocasião, a categoria vai discutir sobre dois assuntos: a audiência de amanhã e o pedido de ilegalidade.
Solenidade em Pau dos Ferros
Para a governadora Rosalba Ciarlini, "democracia se faz com responsabilidade e ordem". Segundo ela, a "Lei dá a segurança do aumento", disse.
Rosalba ressaltou que não é justo o professor em greve receber salário e repetiu: "terça-feira sai o pagamento, e o Governo não paga a quem não estiver trabalhando", avisou.
Fonte: Correio da Tarde via UZL NEWS
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