quarta-feira, 2 de outubro de 2013

NOTÍCIAS CRISTÃS


Pontífice abre as contas do Banco do Vaticano.
Desde que assumiu, o Papa Francisco vem sinalizando que deseja ver mudanças na maneira como a Igreja Católica age e pensa. Duas semanas atrás demitiu o cardeal italiano Tarcísio Bertone de seu posto como secretário de Estado do Vaticano. Na época do conclave, Bertone era apontado como um dos favoritos a ser eleito papa. Agora responderá internamente por suspeitas de má gestão e abuso de poder. 
Em uma longa entrevista para o ateu Eugenio Scalfari, o editor do jornal de esquerda La Repubblica, ele fez uma série de afirmações fortes.
O material foi publicado hoje e o pontífice revelou que durante o conclave de março, pensou brevemente em não aceitar sua eleição como o primeiro papa não-europeu em 1300 anos. Pediu para ficar sozinho em uma sala adjacente. “Uma grande ansiedade tomou conta de mim. Pensei em ir embora e relaxar. Fechei meus olhos e cada um dessespensamentos foi embora. Senti que em algum momento, uma grande luz me preencheu.”, conta.
Para ele, um dos problemas a ser enfrentado é que, ao longo da história da Igreja, muitos papas eram “narcisistas” que se deixaram levar por seus assessores “cortesões”.
Esta semana, o papa terá três dias de reuniões a portas fechadas com oito cardeais de todo o mundo. O objetivo é ajudá-lo a reformar a conturbada administração da Igreja Católica. O novo papa promete fazer tudo que estiver em seu poder para mudar a mentalidade do Vaticano. “A corte (cúria) é a lepra do papado”, afirmou, anunciando um novo estilo de transparência, consulta aos líderes e simplicidade para o papado. 
“Ela [Cúria] cuida dos interesses do Vaticano que, em grande parte, ainda são interesses temporais. Vou mudar esta visão do Vaticano centrado em si enquanto negligencia o mundo à sua volta”, asseverou.
Francisco faz questão de explicar que os oito cardeais escolhidos para fazer parte do seu conselho consultivo “não têm motivações egoístas”. O líder máximo dos católicos deseja ouvir deles ideias de como reformar o Vaticano e a igreja em todo o mundo. “São pessoas sábias, inspiradas pelos mesmos sentimentos que eu. É o início da igreja com uma organização não apenas vertical, mas também horizontal”, explica. O resultado pode ser uma reforma na Constituição do Vaticano, um fato histórico.
Falando sobre sua fé, Francisco enfatizou: “Eu acredito em Deus, não em um Deus católico, pois não há Deus católico, só há um Deus. Creio em Jesus Cristo e em sua encarnação. Jesus é meu professor e meu pastor, mas a Deus, o Pai, Abba, é a luz e o Criador”. 
Quando o jornalista contou que as pessoas lhe avisaram que o papa tentaria convertê-lo, o papa riu. “O proselitismo é um solene absurdo, não faz sentido. Precisamos conhecer uns aos outros, ouvir uns aos outros e melhorar o nosso conhecimento do mundo que nos rodeia”, explicou a Scalfari. 
O que não chega a surpreender, tendo em vista suas declarações recentes sobre os ateus. Embora soe estranho para alguém que deveria estimular a obra missionária, ele foi mais fundo. “Cada um de nós tem uma visão do bem e do mal. Temos que incentivar as pessoas a se aproximarem do que eles acham que é bom”.
Em seguida, disse que o jornalista, “mesmo sem saber, pode ser tocado pela graça divina”. E ressaltou “Ninguém pode saber quando isso acontece. A graça não faz parte da consciência, é a quantidade de luz em nossas almas, não de conhecimento, nem de razão”.
Esta é a segunda entrevista de grande repercussão em 30 dias. Em 19 de setembro, uma revista jesuíta publicou declarações do papa criticando a Igreja Católica por sua “obsessão por ensinamentos sobre aborto, contracepção e homossexualismo”, apelando para que ela se torne mais misericordiosa.
Ao mesmo tempo, o Banco do Vaticano fez um gesto inédito em 125 anos. Depois de passar anos sendo alvo de polêmicas e investigado por lavagem de dinheiro, tomou a decisão de abrir suas contas. Isso também reflete o “novo estilo” da Santa Sé.
Embora oficialmente se chame Instituto para Trabalhos Religiosos, fica muito claro que suas operações são iguais a qualquer outro banco. Entre 2011 e 2012, a receita do Banco aumentou 400%, totalizando 86,6 milhões de euros. Para 2013 o aumento deverá ser bem menor, por conta do custo das reformas internas e da diminuição das taxas de juros.
Alguns dados publicados hoje chamam atenção. Em seus cofres estão mais de 41 milhões de euros em moedas preciosas, ouro e metais. O Vaticano é oficialmente dono de uma imobiliária e tem investimentos em propriedades totalizando 2 milhões de euros. No ano passado, o Banco emprestou 25,8 milhões de euros, ganhando 12,2 milhões com juros e comissões de serviços financeiros. Por outro lado, tem uma verba alocada anualmente para o escritório do papa investir cerca de 50 milhões de euros em obras de caridade.


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Plano de unir Mar Morto e Mar Vermelho gera polêmica ambiental

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O Mar Morto está secando
Plano abastecerá a Jordânia, Israel e Palestina com água dessalinizada.
Água do Mar Vermelho pode mudar ecossistema já frágil do Mar Morto.
Um plano de ligar o Mar Vermelho com o Mar Morto pode salvar este último da evaporação total e levar água dessalinizada a bairros com pouco abastecimento em Israel, Jordânia e Palestina.
Mas ambientalistas alertam que o projeto “Vermelho-Morto” pode ter consequências terríveis, alterando a química particular do lago de água salgada que fica no ponto mais baixo da Terra.
O primeiro ministro da Jordânia, Abdullah Nsur, disse nesta segunda (26) que seu governo havia decidido seguir em frente com o projeto de US$ 980 milhões de dólares, que daria à Jordânia 100 milhões de metros cúbicos de água por ano. 
“O governo aprovou o projeto depois de anos de estudos técnicos, políticos, econômicos e geológicos”, disse Nsur em conferência para a imprensa. De acordo com o plano, a Jordânia vai retirar água do Golfo de Aqaba, no norte do Mar Vermelho, para um local onde será construída uma usina de dessalinização, que será usada para tratar a água.
“A água dessalinizada vai para o sul para (a cidade jordaniana de) Aqaba, enquanto a água salgada será bombeada para o Mar Morto”, disse Nsur. O Mar Morto, que tem a água mais salgada do mundo, está em vias de secar até o ano de 2050.
Ele começou a encolher na década de 1960, quando Israel, Jordânia e Síria começaram a desviar água do Rio Jordão, seu principal afluente. O nível do Mar Morto tem diminuído, em média, um metro por ano. De acordo com a informação mais recente, o nível está em 427,13 metros abaixo do nível do mar, 27 metros mais baixo do que em 1977.
O plano prevê que a maior parte da água dessalinizada vá para a Jordânia, com quantidades menores sendo transferidas para Israel e para a Autoridade Palestina.
Mas grupos ambientais têm pedido para que os três parceiros desistam do projeto para proteger o meio ambiente. A principal preocupação, segundo eles, é que um grande aporte de água do Mar Vermelho possa mudar radicalmente o ecossistema frágil do Mar Morto.
O ministério israelense de proteção ambiental diz que estudos feitos até agora deixam uma “grande incerteza” e pede que o plano seja aplicado em uma escala menor para testar se o projeto dará certo.
Para palestinos, o projeto em conjunto implica questões políticas, como Israel permitir que eles desenvolvam parte da costa que fica em uma área ocupada por Israel. “Nós gostaríamos de fazer parte desse projeto cooperativo”, disse Shaddad Al-Attili, chefe da Autoridade Palestina de Águas. “Gostaríamos de ser tratados com igualdade em relação a Jordânia e a Israel, gostaríamos de nos beneficiar com os resultados”.
“Mas antes de tudo isso, gostaríamos de ter acesso ao Mar Morto, não apenas para conseguir água e nadar no mar, mas também para construir hotéis e desenvolver atividades turísticas”, completou Al-Attili.
A riqueza mineral do Mar Morto é considerada terapêutica e visitantes adoram flutuar na água densa, que não deixa que a pessoa afunde. Israelenses gerenciam um grande número de hotéis e praias na região.

AFP via G1

Biblista explica por que a Bíblia tem diferentes traduçõeS

Padre Giorgio Zevini destaca que Igreja católica lê a Bíblia considerando a contribuição dada pelo magistério da Igreja Nesta segunda-feira, 30, celebra-se o dia de São Jerônimo, que foi o primeiro tradutor da Bíblia para o latim. No Brasil, o mês de setembro é dedicado ao estudo da Sagrada Escritura, o livro mais traduzido do mundo. As traduções são diversas mesmo entre as Bíblias católicas. 
Padre Giorgio Zevini é biblista italiano e concedeu uma entrevista à nossa equipe sobre as traduções da Bíblia. Ele explica que, ao longo dos séculos, a Igreja sempre teve um modo de traduzir e interpretar a Bíblia, principalmente tendo em vista a necessidade de fazer o povo de Deus compreender Sua Palavra. 
Mas a Sagrada Escritura apresenta diferentes traduções, dependendo da religião. O sacerdote, que participou do Sínodo dos bispos sobre a Palavra de Deus em 2008, explica que isso acontece porque há dois modos de ler a Bíblia: considerando apenas os textos originais ou considerando também a contribuição da tradição da Igreja ao longo do tempo. No caso do catolicismo, explicou padre Giorgio, adota-se o segundo modo. 
"Enquanto a Igreja católica lê a Escritura na fé e valorizando também a tradição e o ensinamento do magistério ao longo dos séculos, o mundo protestante se concentra somente em ler o texto aplicado no sentido original escrito, valoriza muito a dimensão da fé descuidando, de certo modo, da dimensão da tradição do magistério da Igreja”. 
Para além desse aspecto, padre Giorgio diz que não há muita diferença entre as traduções. E para saber identificar uma Bíblia católica, o sacerdote diz que basta procurar o imprimato, que é uma aprovação eclesiástica que a Igreja católica coloca em suas traduções. 
“Com este (imprimato) podemos estar seguros de que respeitam não somente a tradução dos textos originais, mas nos fazem ver também através das notas que estão nas bíblias, nos fazem ver o caminho que a Igreja fez, a interpretação que deu a estes textos e, então, o enriquecimento espiritual e o conteúdo que há nestes textos da Bíblia”. 
Veja, abaixo, íntegra da entrevista, com tradução simultânea, concedida aos repórteres Liliane Borges e André Alves: 


Canção Nova


Notícia copiada de: http://www.noticiascristas.com

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